O ordenado do meu primeiro emprego não era compatível com todos os meus planos, e acho que ainda hoje não é :(. Entonces vai daí, que quando recebia o subsídio de férias, entre despesas extras e dinheiro para as férias, destinava sempre umas notas para um creme de rosto bom e caro (sim, tenho esta pancada de cremes para o rosto, corpo, olhos, mãos, pés, cotovelos e mais-que-houver), e para um livro novinho em folha! Lia sobretudo livros emprestados das primas e dos amigos, então era um luxo escolher um livro novo, era como comprar um carro zero quilómetros. Escolher um assunto ou história selecionado por mim, ou a curiosidade de ler um determinado escritor ou ainda a escolha consoante a minha disposição... Mas acima de tudo tive sempre a ideia de que o livro é uma viagem, um escape, em certas alturas da vida pode mesmo funcionar como uma terapia. Tenho fases de ler um livro atrás do outro, e depois faço uma pausa e leio revistas, para me ligar à terra . Aqui há tempos, depois dum...